MEMÓRIA

O CAMINHO DAS PEDRAS E DAS RASTEIRAS

A Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro completou  50 anos em 2017. Na oportunidade do evento, uma jovem me perguntou, via e-mail, se  me disporia a falar sobre isso, em palestra formal, caso me pagassem a passagem e a estada (antes, com a mais carioca cara de pau, perguntou se não teria algum parente que me alojasse). Fiquei pensando no que diria nesse hipo­tético encontro, a que não me neguei, em absoluto, sabendo que não me convidariam.

Trabalhei na Eco de março de 1977 a outubro de 1991, quando me aposentei, com 36 anos de trabalho e 55 de idade. A razão que me levou à aposentadoria prematura – e à mudança para o Sul, onde iniciei novo capítulo de minha vida profissional, na Universidade Federal de Santa Cata­rina. – é uma das coisas que deveria explicar. E uma das razões que me levam, agora, a contar, por escrito, essa história.

Começarei por aí.

Leia o texto integral aqui


1. NO ENCANTADO

A casa era um cárcere fundamentalista. Nela, quatro mulheres, saias
compridas, rosto lavado, fala contida. A Rádio Vera Cruz, emissora da Arquidiocese. O terço, a novena.
Link: No Encantado 

 

2.  IRMÃZINHA

Era uma índia pálida.
Cabelos negros, finos, lisos, cortados na horizontal acima dos ombros.
Calma, olhar suave.
LINK: Irmãzinha

 

3. BITZKRIEG

Da Segunda Guerra Mundial, a lembrança mais antiga é do tempo em que morava
em frente ao estádio do América Futebol Clube, na Tijuca, não estava ainda na escola e aprendia
a ler nos cartazes do clube e nos jornais que papai trazia do trabalho.
Link: Bitzkrieg

 

4. DONA HELENA

A gringa, uma judia russa que vendia coisas – não me lembro quais –, aparecia
de vez em quando lá em casa pela manhã e almoçava com a gente.
Gostava de conversar comigo.
Link:  Dona Helena

5. La Marselleise

Dona Alaíde (isso foi antes de se chamar professora de tia) escrevia as lições e o enunciado das provas no quadro-negro, com  letra cursiva, regular. Naquela semana,  no intervalo, copiava todos os dias, no quadro-negro, a letra de uma canção que tínhamos que aprender.

Link: La Marselleise

6. Diretrizes

O mundo se transforma, a tecnologia avança, as distâncias se encurtam, mas, creio firmemente que a melhor filosofia de vida e de sociedade possível foi a que me passaram – pais, professores, livros – antes de se impor em meu país a modernidade dependente

Link: Diretrizes

7. Ocidente, rapaz

Link: Ocidente, rapaz

8. Nise da Silveira

Link: Nise da Silveira

9. O Insulto

Link:O Insulto

10. Castelo

Link:Castello

11. Protesto

Link: Protesto

12. Imitação

Link: Imitação

13. Tráfico

Na década de 1980,  dispus-me a editar, com uma equipe de alunos, o newsletter diário bilíngue de um festival de cinema. Os originais iam de avião (em papel, naturalmente) para São Paulo, onde o jornal rodava na oficina da Folha, que oferecera melhor preço na licitação.

Link:Tráfico